Invenção ou inovação?
Todos os dias surgem várias invenções, algumas poucas chegam ao mercado e um número extremamente pequeno irão merecer nossa atenção diária. Estou falando de produtos que não existiam e foram incorporados por algum segmento. Tente imaginar um caso extremo: compre todos os produtos de invenção que lhe agrade (escadas diferentes, aparelho eletrônico para fazer abdominal, trecos para cortar frutas e vegetais em formatos diferentes, roupa colante para fingir que você não tem barriga ou alguma coisa para fingir que você tem peito, canetas tradutoras etc...). Não importa o custo nem tamanho, compre! Quanto tempo você levará para dominar todos esses produtos? Onde você vai guardar? Você consegue carregar tudo? Quanto de lixo você irá gerar para descartá-los? Quantos recursos naturais seriam necessários se todo mundo tivesse a mesma quantidade de produtos que você? Como seria a sua vida utilizando cada um deles, um para cada coisa que você fosse fazer no seu dia? Que inferno, não é?
Nós tendemos a manter nossa vida a mais simples possível. Utilizar vários produtos que tentam facilitar nosso dia a dia podem na verdade torná-lo um tanto confuso. Às vezes somos seduzidos por algum produto que nos pareceu interessante em um certo momento, achando que isto iria facilitar alguma ação do cotidiano, mas esse é um forte candidato a ficar encostado na estante. Invenções absurdas não param de aparecer no programa American Inventor. Você compraria isso?
As inovações nos produtos trazem melhorias. Tornam o uso mais prático ou agregam algum valor. Quem poderia imaginar que adicionar uma simples bandeira brasileira e algumas listras coloridas em um chinelo de borracha fosse vender tanto? Cafeteira sempre fará café, mas é um artigo que sofreu muita evolução prática e de design. O próprio Ipod é um artigo que vem da antiga idéia (brasileira!) da portabilidade da música.
Não que seja desperdício de tempo tentar desenvolver produtos completamente novos, mas parece ser muito mais eficiente pensar em inovação como melhoria de algo já existente.