No mundo corporativo muito se discute sobre planejamento, processo, análise, melhoria, previsão, projeto e a figurinha do
benchmark. Vendem-se idéias. E são vendidas por um alto preço. Tem preço porque é mensurável. Em suma: tenta-se quantificar o processo criativo e seu benefício.
Mas a origem das boas idéias está em algo não mensurável: emoção. Vontade de fazer algo com a qual nos identificamos. É o que move todo empreendedor. E nem sempre o retorno é financeiro.
Como você iniciaria o projeto de um carro totalmente novo? Por que não pelo pára-brisa? Pois foi o que Carlos César, mecânico dos bombeiros de Brasília, residente em Sobradinho, fez. Na garagem de sua casa, com o pára-brisa do Fox em mãos , ele traçou a primeira linha: o perfil de seu carro imaginário inspirado na
Lamborghini Gallardo e nos arcos da Ponte JK de Brasília. Claro, sem copiar nenhum dos dois, pois estamos falando de alguém autêntico.
Apartir do perfil traçado em uma folha A4 o carro começou a tomar forma entre tubos contorcidos.
Motor, painel, rodas e suspensão foram sendo retirados de diferentes carros destinados à virar sucata (Vectra, Pálio batido, e peças diversas). A integração de todos componentes, inclusive da injeção eletrônica, vieram de soluções de uma engenharia adquira por experiência de vida.
Ao final de alguns meses, nasceu o Piloto:
Não só o carro (segundo realizado) em que ele anda está recheado de criações próprias, mas também seu quarto, sua sala, sua mesa da sala de estar, piscina, mirante e em fim... toda a casa também foi feita por ele.
Qual foi o grande diferencial deste produto bem sucedido? Projeto? Análise? Processo? Melhoria? Busca pelo
benchmark? Não mesmo. O que o moveu foi a emoção, gostar de viver em um ambiente rodeado pela sua identificação. É o que move toda criação. É que deveria mover o nosso trabalho.